BANCO DIGITAL DE BOAS PRÁTICAS SOCIOAMBIENTAIS
RESUMOS CASES BENCHMARKING –  TEMÁTICA GERENCIAL
EMISSÕES

Paginas: 01 
 

ArcelorMittal Inox Brasil
Case: Agricultores por Natureza: Utilização do Biodigestor nas comunidades do entorno do Parque Estadual do Rio Doce – Reserva da Biosfera
Cidade: Timóteo
Estado: MG
Responsável: Odilon Machado Neto

Cargo: Assessor de Meio Ambiente

Principal Motivação: Necessidade de buscar alternativas de sustentabilidade para as comunidades do entorno do Parque Estadual do Rio Doce.

Principais Resultados: Implantação de 100 biodigestores, beneficiando mil produtores rurais e familiares; Diminuição da pressão dos moradores sobre as áreas de preservação, em especial redução dos incêndios florestais e a retirada de material lenhoso; tratamento de esgoto doméstico e resíduos orgânicos; Diminuição da emissão de gás metano através da sua queima nas residências;

Aprendizado: Resgatar uma tecnologia secular, adaptar à realidade local e permitir a participação de todos os envolvidos no processo.

Recomendações: A tecnologia tem contribuído efetivamente para a sustentabilidade da propriedade rural, através da produção de biogás (metano), tratamento de esgoto doméstico e demais resíduos domésticos, utilização do biofertilizante na produção de alimentos. Edição 2008

Banco Bradesco S.A.
Case:
Programa de Gestão da Ecoeficiência – Diminuição da Emissão de Gases de Efeito Estufa
Cidade: São Paulo
Estado: SP
Responsável: Lincoln Cesário Fernandes
Cargo: Gerente de Responsabilidade Socioambiental

Principal motivação: A empresa em questão, como todas as demais corporações, impacta o meio ambiente na execução de suas atividades. Preocupada com essas questões, já em 2005, instituiu uma Política Corporativa de Responsabilidade Socioambiental, aprovada em Reunião Extraordinária do Comitê Executivo de Responsabilidade Socioambiental. Mas, foi em 2008 que a Corporação instituiu o Programa de Gestão da Ecoeficiência, visando o gerenciamento de quatro grandes temas: emissões de gases de efeito estufa – GEE, consumo de materiais, resíduos e consumo de recursos naturais. Esta dissertação tem como tema as emissões de gases de efeito estufa. A meta principal é reduzir as emissões de GEEs a partir da implementação de projetos que congreguem aos ganhos ambientais o retorno financeiro, pois este é um dos preceitos da Ecoeficiência.
 
Principais resultados: A Corporação superou a meta estabelecida de redução de 3,5% dos GEEs totais emitidos, atingindo 14,2% de redução. Para alcançá-la, foram definidas ações específicas para cada tipo de fonte de emissão identificada e se trabalhou durante todo o ano de 2008 para a implementação das mesmas.
 
Um aprendizado fundamental: Um dos principais fatores que contribuíram para o sucesso deste case foi, sem dúvida nenhuma, a coleta de dados para o Inventário das emissões de GEEs de toda a Organização, auxiliado, em muito, pelos procedimentos da Certificação ISO 14064 – Parte 1, que estabelece as especificações e orientações para quantificar e elaborar os relatórios de emissões de GEEs, procedimentos para a coleta de dados e o levantamento das ações dirigidas para a redução de emissões. Sem um inventário de qualidade das emissões de GEEs é impossível fazer um trabalho com a devida seriedade que o tema merece.
 
Recomendações: Elaborar um inventário de emissão de gases de efeito estufa que possa diagnosticar com precisão quais são as principais fontes de emissão é o primeiro passo para toda e qualquer empresa que queira contribuir com o meio ambiente. A Corporação recomenda esta prática, que foi essencial para acertar nas estratégias de redução das emissões. Vale salientar que anualmente o inventário será refeito para análise comparativa das emissões de Dióxido de Carbono Equivalente (CO2e) com seu ano histórico base, que neste caso foi em 2007. Edição 2009

Braskem S/A
Case:
Redução das Emissões de Compostos Orgânicos na UNIB- BA.
Cidade:
Camaçari
Estado: BA
Responsável: Sérgio de Rezende Hortélio
Cargo: Coordenador Meio Ambiente

Principal Motivação: A preocupação com a redução e controle de emissões atmosféricas se deve ao impacto negativo destas sobre o meio ambiente e a saúde das pessoas, alem de representar perdas de matérias-primas e produtos, gerando prejuízos econômicos a empresa.
 
Principais Resultados: Nos últimos 5 anos, verificou-se uma redução de 54% na emissão de compostos orgânicos voláteis no Parque de Tancagem e de 56% na Ilha de Carregamento. Com a implantação do Plano pode-se reduzir perdas de produtos na ordem de 1.446 toneladas desde 2002. Essa quantidade de matéria-prima valorada ao preço de nafta equivale a aproximadamente US$1,360,000.00 dólares no período de 2002 a 2007. Quanto a qualidade do ar, verifica-se que o número de violações no ar por conta de COV’s se manteve desprezível no entorno do Pólo Industrial de Camaçari.

Aprendizado: O uso de ferramentas da qualidade e estatísticas no formato de lean six sigma.

Recomendações do Case: Acredita-se que este Plano possa ser inteiramente reproduzido e adaptado a realidade de qualquer empresa do ramo químico e petroquímico, uma vez que ele compila e sistematiza a gestão integrada dos processos, independente da condição física do produto. Edição 2008

Ciba Especialidades Químicas Ltda
Case:
Análise de situação como base para um sistema ecologicamente eficiente para o tratamento de gases de exaustão.
Cidade: São Paulo
Estado: SP
Responsável: Fernanda Cavalleri
Cargo: Gerente
 
Resumo: Tendo com base análise criteriosa da situação da planta e com medidas técnicas e organizacionais simples, foi possível reduzir as emissões á metade de seu valor original. Num prazo de 6 meses foi possível, através de auditorias na planta e entrevistas com a equipe de produção, definir um conceito de operação, medidas operacionais técnicas e organizacionais, assim com implementar/adequar os sistemas de exaustão e purificação dos gases. O projeto contou com a participação de toda a equipe de produção do cliente , desde o gerente da planta aos operadores de linha e equipe de manutenção. Com a aplicação de técnicas integradas e controle na fonte emissora pode-se reduzir a emissão de gases em 90% do valor inicial, com um investimento dez vezes inferior ao das técnicas convencionais de tratamento ao final do processo.  Edição 2004

Moto Honda da Amazônia Ltda 
Case: Motocicleta Bicombustível 
Cidade:  São Paulo
Estado: SP
Responsável: Patrícia Peres
Cargo: Analista de Relações Institucionais

Principal motivação: Oferecer ao consumidor, liberdade de escolha ao abastecer. Proporcionando oportunidades de economia financeira e ao mesmo tempo melhorando os padrões de emissão das motocicletas atuais.

Principais resultados: Entre as vantagens citadas pelos usuários, as principais são a possibilidade de escolha do combustível e a economia de dinheiro, aliada a preservação do meio ambiente, com a criação de novas tecnologias ecologicamente responsáveis. Quando comparado à gasolina, o álcool tem a vantagem de ser uma fonte de energia renovável. Além disso, polui menos que os combustíveis fósseis e não possui enxofre em sua composição – tornando sua combustão mais limpa.
Quando abastecida com álcool, motocicleta emite menos gases poluentes se comparada ao uso da gasolina. Vale lembrar que, nas duas situações, atende-se com folga aos limites de emissões estabelecidos pela terceira fase do Promot (Programa de Controle de Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares). 
 
Um aprendizado fundamental: O desenvolvimento desta motocicleta foi feito em conjunto com a matriz do Japão que levou em consideração as necessidades e desejos do Consumidor brasileiro, para desenvolver esta inédita tecnologia no mercado brasileiro e mundial.

Recomendações: Para adequar a motocicleta mix à utilização do álcool, algumas alterações técnicas foram necessárias. O bocal interno do tanque agora possui tela antichamas, para evitar a propagação de fogo de fora para dentro do tanque. O bico injetor, exclusivo, permite maior vazão, enquanto o filtro de combustível secundário possui maior capacidade de retenção de sujeiras e evita o entupimento precoce da bomba. O gerador foi adequado para atender ao maior esforço provocado pela partida a frio. O tratamento interno do tanque e o potenciômetro do marcador de combustível foram alterados para funcionamento com álcool. Por fim, a bomba de combustível ganhou um tratamento interno para suportar o uso do álcool.
Vale ressaltar que, para garantir a partida a frio em ambientes com temperatura abaixo de 15oC, é preciso que o tanque contenha um mínimo de 20% de gasolina. Isto porque, para que haja a combustão inicial, a mistura deve entrar de forma vaporizada na câmara de combustão. No entanto, devido ao baixo poder de vaporização do álcool, em temperaturas reduzidas a substância não consegue entrar de forma vaporizada na câmara. Nestes casos, a gasolina ajudará a realizar a primeira queima.
Com o objetivo de auxiliar o usuário quanto à partida a frio, nossa motocicleta possui um mecanismo de alerta por lâmpadas em seu painel de instrumentos. Há duas luzes: “MIX” e “ALC”. Quando ambas estiverem apagadas, significa que a partida é possível em qualquer temperatura. Se a luz "MIX" estiver acesa, o usuário deve abastecer sua motocicleta com um mínimo de dois litros de gasolina. Caso a lâmpada "ALC" esteja acesa, é preciso adicionar pelo menos três litros de gasolina. Se, ao ligar a chave de ignição, a lâmpada "ALC" piscar, significa que a temperatura ambiente é baixa e que o teor de álcool no tanque é alto – o que pode dificultar a partida. Já em caso de pane seca, é necessário que o usuário abasteça a motocicleta com, no mínimo, 50% de gasolina para que o sistema volte a funcionar adequadamente o mais rápido possível.
Para tornar este procedimento ainda mais fácil para o usuário, há no tanque uma etiqueta explicativa e didática, que instrui quanto à quantidade de gasolina que deve ser adicionada ao tanque de acordo com cada situação.  Edição 2010

SENAI/RS – Centro Tecnológico do Couro
Case:
Sistema de Gestão Ambiental do Centro Tecnológico do Couro SENAI/RS
Cidade: Estância Velha
Estado:
RS
Responsável: Darlene Fonseca Rodrigues
Cargo: Diretora
 
Resumo: As pesquisas deste projeto contemplaram o desenvolvimento de métodos que tinham por objetivo alcançar a máxima purificação da água residual de processo e permitir a sua reutilização nos processos de produção de couros, bem como o processamento dos resíduos sólidos e do lodo por meio da conversão térmica a baixas temperaturas. Esta caminhada de três décadas aliada a necessidade capacitação continuada fez com que o CT Couro, numa atitude pioneira, buscasse apoio para a implantação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA), que pudesse ser desenvolvido e aplicado no Centro, de forma que fosse desenvolvida na comunidade acadêmica a consciência ambiental e as práticas do desenvolvimento sustentado. Este efeito multiplicador deverá fazer parte da cultura dos egressos e servirá como base para sua aplicação no setor industrial. Edição 2004