“Acima de tudo, inovação não é invenção. É mais um termo de economia do que de tecnologia”, já dizia o pai da Administração, Peter Drucker. Ele se referia as inovações sociais e econômicas, que poderiam se utilizar das inovações tecnológicas em seus modelos de governança, de processos, de modus operandi.
Quem inova são pessoas com seus atributos e habilidades. Mas, para que estes atributos e habilidades se manifestem é necessário investir em pessoas qualificadas e comprometidas. E isto não é uma tarefa fácil. Quer seja pela parte “qualificada” quer seja pela parte “comprometida”. É controverso achar que um profissional qualificado irá se comprometer com algo em que ele não acredite. E quando se trata de sustentabilidade, é mais que controverso, é impossível por se tratar de uma área que alia tecnologia, processos e valores.
Voltando a Peter Drucker, resgato a citação em que ele fala do conhecimento como recurso estratégico: “O conhecimento e a informação são os recursos estratégicos para o desenvolvimento. Os portadores desses recursos são as pessoas”. Sim são pessoas, dotadas de valores. E aí o bicho pega. Tem algo mais desmotivador do que se sentir em um comboio que não anda na direção desejada, ou ainda, que não anda na velocidade desejada. E isto tem tudo a ver com metas, ações e práticas das organizações, ou seja, o vagão no qual você embarcou.
Não basta ter área de sustentabilidade, tem que ter práticas de sustentabilidade. Não basta ter profissionais de sustentabilidade, tem que ter estratégia de inovação em sustentabilidade
Ninguém quer ser um ornamento ou uma peça de decoração num empreendimento. Todos tem objetivos. O acionista quer que suas ações valorizem, o CEO quer atingir metas, o gerente que a equipe cumpra prazos, e o profissional de sustentabilidade quer ver a sustentabilidade sair do papel. Mas quando nesta cadeia, a sustentabilidade é tímida, devagar quase parando, o risco dos desejos de todos não serem realizados é alto, quase certo. Além do público interno, outros públicos (os stakeholders), também correm riscos de verem seus desejos contrariados.
Tudo isto para dizer, que não basta ter área de sustentabilidade, tem que ter práticas de sustentabilidade. Não basta ter profissionais de sustentabilidade, tem que ter estratégias de inovação em sustentabilidade. Não basta ter inovações tecnológicas, profissionais qualificados, e não adotá-los em práticas de sustentabilidade. Não basta falar de sustentabilidade, tem que prática-la. Não basta ser um simpatizante tímido da sustentabilidade, tem que construir ativos de sustentabilidade, para que a empresa não corra riscos que coloquem tudo a perder e frustem os objetivos de seus stakeholders.
Sobre Benchmarking Brasil: Um respeitado Programa de Sustentabilidade que reconhece, certifica e compartilha cases e projetos de boas práticas para acelerar o desenvolvimento técnico da gestão socioambiental brasileira. São mais de 400 cases e projetos de diferentes modalidades selecionados por especialistas de vários países, e compartilhados em publicações (livros, revistas, portais e bancos digitais) e eventos presenciais (encontros, seminários, fóruns e congressos). Benchmarking Brasil se transformou numa significativa plataforma de inteligência coletiva pelo qualificado acervo construído em quase 2 décadas de atuação. Os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) estão inclusos na metodologia de seleção dos cases e projetos, e as metas e compromissos do Programa estão na plataforma SDG (Sustainable Development Goals) da Agenda 2030 da ONU. Mais informações: www.benchmarkingbrasil.com.br
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