A sustentabilidade é uma preocupação recente da humanidade ou sempre fez parte do seu inconsciente coletivo?
Para responder esta questão devemos focar na essência do que seja sustentabilidade, como a entendemos e percebemos. De forma, simplificada é o equilíbrio dos pilares social, ambiental e econômico. Mas como isto se traduz na sua essência e no dia a dia dos humanos.
Vamos simplificar as coisas e antes das definições acadêmicas e corporativas, começar pelo que sugere a palavra “sustentabilidade”, ou seja, algo que se renova de forma contínua, autônoma, e por longo tempo.
Ora bolas. Ninguém em sã consciência quer que situações que ofereçam riscos de desestabilização, se renovem “ad aeternum”. Ora, ninguém em sã consciência aposta em algo que não seja equilibrado, porque não se manterá em pé por muito tempo. Ora, ninguém em sã consciência acredita que sistemas sujeitos a escassez e extinção de elementos vitais possam sobreviver. Ora, qualquer humano que goze de sua perfeita sanidade quer viver em ambientes que não apresentem nenhuma destas possibilidades aqui citadas. Opa, então a sustentabilidade sempre esteve presente no inconsciente coletivo dos humanos.
Mudou se a forma de vida dos humanos, mas a essência da vida humana continua a mesma
A sustentabilidade, na sua essência, sempre esteve dentro de nós. O homem da caverna queria sustentabilidade para usufruir de uma vida boa. O que era sustentabilidade para ele, imagino, era ter animais em abundância para caça, matar a fome e o frio que colocava em risco sua vida. Tal exigência, fez com que ele se desenvolvesse e trilhasse por caminhos que atendesse este objetivo. Para o homem da idade média sustentabilidade era formar grupos fortes, bem alimentados, prontos para combates que pudessem colocar em risco suas vidas. E tal fato, fez ele construir sociedades mais ou menos desenvolvidas. E, o homem dos dias atuais, continua na sua essência querendo a mesma coisa. Condições favoráveis para viver, e viver bem. Mudou o conceito do que seja viver bem, a ciência avançou na compreensão do complexo sistema ambiental do planeta, mas para viver, continuamos precisando das mesmas coisas: ar, água, alimento, saúde, grupos, paz. E quanto mais equilibrado for o estado das coisas, mais sustentável o ambiente e melhor as condições de vida de quem nele habita. Não será esta a essência da sustentabilidade?
Mudou se a forma de vida dos humanos (a relação do homem com o meio), mas o seu desejo (motivado pelo imperativo de vida e sobrevida) continua intacto no inconsciente coletivo da humanidade – Viver, e bem. Junto aos seus grupos. Entenda-se por grupos, célula familiar e corporativa, classes geosociais de uma cidade ou pais. Os conglomerados empresariais e os blocos de países. Tudo e todos motivados por objetivos comuns. Poderá haver divergência no “modus Operandi” (como chegar lá), mas total convergência onde chegar (objetivo).
O desejo de um destino sustentável (Nosso futuro comum) é comum a todos, porém os caminhos, a velocidade, a direção e os meios nem sempre serão. A sustentabilidade (viver, e bem) faz parte do inconsciente coletivo. Seu grande desafio, é sair do inconsciente para se tornar presente. E de forma consensual, porque os grupos existem e você faz parte deles. Neste ponto, a ciência e as boas práticas podem ajudar.
Benchmarking Brasil – Um programa de valorização das boas práticas de sustentabilidade, e de quem trabalha com elas
O Programa Benchmarking realizou sua 1ª edição em 2003 e pela seriedade e formato inovador tornou-se um dos mais respeitados Selos de Sustentabilidade do País. Hoje com 1 modalidade âncora e 5 modalidades paralelas é o mais legítimo dos movimentos de sustentabilidade pela pluralidade de vozes que congrega. Empresas, Universidades, Escolas Técnicas Profissionalizantes, Órgãos e entidades representativas e governamentais, Artistas, Personalidades, e mídia especializada fazem parte da iniciativa que está em sua 15a edição.
A metodologia de seleção e certificação do Programa Benchmarking tem o reconhecimento da ABNT. Em 2013, Benchmarking Brasil foi o grande vencedor (1° colocado) na categoria Humanidades do Prêmio von Martius de Sustentabilidade da Câmara Brasil Alemanha. É considerado a fotografia da gestão socioambiental brasileira registrando seu nível de maturidade e evolução em sustentabilidade.
O Programa Benchmarking já certificou 356 práticas de 186 instituições de 26 diferentes ramos de atividades. Com aproximadamente 200 especialistas de 21 diferentes países participando da comissão técnica, o programa se tornou uma plataforma de inteligência coletiva em sustentabilidade trabalhando com diferentes públicos para fortalecer o movimento das boas práticas junto a sociedade brasileira.
Todo este conhecimento aplicado produzido pelos especialistas atuantes em sustentabilidade são compartilhados em publicações especializadas e eventos técnicos. Além do Banco Digital de boas práticas disponível na internet com grande visitação, mais de 60 encontros técnicos já foram realizados. 03 livros publicados (BenchMais 1, 2 e 3) e 12 edições veiculadas da Revista Benchmarking (versões eletrônica e impressa) distribuídas gratuitamente para público atuante e interessado nesta temática.
A XIV edição do Programa Benchmarking Brasil contou com importantes apoios. São eles: Apoio Institucional: TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) e do IAPMEI – Parcerias para o crescimento do ministério de economia do governo de Portugal. Apoio Divulgação: Envolverde, Pensamento Verde, Acionista, RSOPT (Rede de Responsabilidade Social das Organizações de Portugal), e Revista Meio Ambiente Industrial. Apoio Acadêmico: Escolas Profissionalizantes Centro Paula Souza, IFSP e Senai SP, e, Universidades Anhembi Morumbi, Uninove e Mackenzie. O XIV Bench Day, se realizou nos dias 29 e 30 de junho de 2016 no Hall Nobre e auditório do Tribunal Regional Federal da 3a Região – Av. Paulista, 1842 – 25o andar, em São Paulo/SP.
Inscrições de cases para a XV Edição: 24 de janeiro a 31 de março de 2017.
Mais informações, visite TOP FIVE