Consórcio de Alumínio do Maranhão- Alumar
Case: Alteamento de depósitos de resíduo
Cidade: São Luís
Estado: MA
Responsável: Márcia Rosana S. Seba Salomão
Cargo: Eng. Civil CS
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Principal motivação: A grande área ocupada pelos depósitos de resíduo alcalino e pela áreas de empréstimo necessárias a contrucão dos mesmos, o extenso desmatamento e as escavações, ambas associadas com o risco ambiental e o alto custo de implantação, têm sido o maior problema ambiental da indústria da alumina. Grandes volumes de material (solo) precisam ser escavados, transportados e compactados para a construção de uma ARB, necessitando de áreas de empréstimo de materiais naturais de construção para os diferentes tipos de materiais, tais como solo, argila, areia e laterita. A busca por soluções alternativas sustentáveis que minimizem tais impactos ambientais sempre foram perseguidas e esta foi a principal motivação para a implementação desta solução.
Principais resultados: A adoção da técnica do Upstream Stacking possui um alto impacto ambiental positivo, uma vez que promove a redução das áreas para implantação de áreas de disposição de resíduo em 30%, bem como a diminuição de até 30% na necessidade de utilização de materiais naturais para construção. -A eliminação de cada nova área a ser construída (isto é, a minimização do footprint) reduzirá também o risco de contaminação de águas subterrâneas; -A superfície final de taludes resultante da operação permite redução significativa de quantidade de solo para reabilitação, reduzindo desta forma a abertura de novas áreas de empréstimo; – A redução da quantidade requerida de materiais naturais de construção para as ARB’s reduz significativamente o impacto ambiental da exploração novas áreas de empréstimo, bem como sua reabilitação. – Custo de implantação 70 a 80% mais baixo que o valor do custo de implantação de uma área de resíduo tradicional; – Custo de operação muito baixo; – Este sistema não requer qualquer mudança nos recursos de bombeamento existentes ou de qualquer outro tipo de equipamento específico; – Não requer técnicas, mão-de-obra ou treinamentos especiais para a operação; -Aproximadamente 30 ha de área deixam de ser desmatados;- Um volume total de 550,000m³ de aterro solo compactado deixa de ser construído; – Aproximadamente 20ha de área de implantação de área de resíduo será economizada; – Outros resíduos sólidos da Empresa podem ser usados como materiais de construção de diques, reduzindo também a necessidade de aterros sanitários;
Um aprendizado fundamental: A metodologia consiste em depositar o resíduo úmido em diques de pequena altura (45 cm) e não erodíveis, construídos na superfície de uma Área de Resíduo de Bauxita (ARB) existente, área esta cuja capacidade original de estocagem de resíduo já se encontra esgotada, permitindo desague do excesso de água para o área de resíduo de bauxita vizinha. A construção dos diques é feita com resíduo plástico e também utilizando o próprio resíduo de bauxita como material de contrução (ver anexo 1). A Área de Resíduo de Bauxita 2 (ARB2) começou a receber a implantação do Upstream em 2000. O primeiro dique (mais alto e robusto por ser o dique de partida), foi construído com tijolos refratários oriundos da Redução da Empresa, um dos resíduos da fábrica aproveitados no projeto. Os diques sucessivos foram construídos utilizando-se tubos de geotêxtil (1,5 m de comprimento por 25 cm de diâmetro) preenchidos com resíduo plástico prensado (copos, garafas, sacos) também oriundos da Empresa. (ver anexo 2) A ARB2 permeneceu em operação pelo método Upstream Stacking de 2000 a 2004 e recebeu 1.500.000 m³ adicionais de resíduo, aumetando sua vida útil em aproximadamente 40% (ver anexo 3). A Área de Resíduo de Bauxita 3 (ARB3) encontra-se em operação recebendo resíduo por Upstream Stacking desde 2007 devendo permanecer assim até o final de 2009, o que aumentará sua vida útil também em aproximadamente 40% (ver anexo 4).
Recomendações: Realizar campanha de geotecnia na pilha de resíduo a ser implantada afim de obter dados para fazer a análise da estabilidade dos taludes; Realizar estudo hidrológico a fim de estabelecer os requisitos mínimos de operação sob condições chuvosas severas; Buscar ao máximo a re-utilização de materiais alternativos afim de garantir o baixo custo de implantação e também para não deperdiçar a grande oportunidade de reutilizar resíduos. |
Consórcio Gasvap
Case: As práticas sócio-ambientais e os processos de melhoria aplicados
Cidade: São José dos Campos
Estado: SP
Responsável: Júlio Cézar Alves Duarte
Cargo: Gerente de SMSRS
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Principal motivação: A preocupação sócio-ambiental tornou-se uma necessidade para qualquer área de negócio. Não poderia ser diferente no segmento de construção e montagem. As ações sócio-ambientais implementadas na Empresa buscaram unir a redução dos impactos sócio-ambientais com a eficiência dos processos produtivos. Evidenciar a melhoria continua no Sistema de Gestão Integrado em SMSRS, atuando com responsabilidade sócio-ambiental em todos os níveis da empresa.
Principais resultados: O reconhecimento do sistema de gestão integrado através da certificação obtida por um organismo certificador, o engajamento do setor de Responsabilidade Social na gestão participava dos integrantes do consórcio além envolvimento das partes interessadas ao negócio.
Um aprendizado fundamental: Um aprendizado fundamental a metodologia: Este case utilizou como método o estudo de caso da Empresa desde seu planejamento, execução, verificação e análise crítica de seus processos relacionados à gestão integrada do sistema de Meio Ambiente e Responsabilidade Social. Desenvolvendo assim programa, projetos e campanhas que demonstram seu comprometimento com o meio ambiente e com a inclusão social.
Recomendações: Comunicação clara e objetiva às partes interessadas de forma a proporcionar a aderência aos indicadores e metas propostos pela organização. |
Construtora Cowan S.A.
Case: Plante esta Idéia
Cidade: Belo Horizonte
Estado: MG
Responsável: José Paulo Toller Motta
Cargo: Diretor Comercial e de Operações
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Principal motivação: Possuir uma carteira de relacionamento de grande abrangência a nível Nacional, com um universo extremamente diversificado, entre seus clientes, fornecedores e colaboradores
Principais resultados: A conscientização de todos com relação ao cultivo e preservação da espécie que deu origem ao nome do nosso país, o Pau Brasil; O reconhecimento da empresa, como uma empresa mais comprometida com a gestão dos seus negócios e com a valorização da biodiversidade e da cultura brasileira.
Um aprendizado fundamental: Promover sempre a disseminação de informações sobre responsabilidade social e ambiental. Usar os canais de comunicação da empresa como: site, informativo interno e brindes promocionais para "Plantar Idéias", que comprovem os benefícios gerados com ações sustentáveis, sociais e econômicas.
Recomendações: Aproveitar o que a empresa tem de grande valia, que é a sua carteira de relacionamento e usá-la sempre que poder, para Plantar Idéias Sustentáveis e sociais. |
CPFL Geração S.A
Case: A Repotenciação de Pequenas Centrais Hidrelétricas e o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo.
Cidade: CAMPINAS
Estado: SP
Responsável: Rodolfo Nardez Sirol
Cargo: Gerente de Meio Ambiente
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Principal motivação: A busca por novos projetos que não fizessem parte do "business as usual" do setor elétrico, partindo-se para a alternativa de repotenciação de PCH’s. Contribuição com o desenvolvimento sustentável e preservação do patrimônio histórico cultural.
Principais resultados: A empresa tomou a frente na repotenciação de PCH’s em um momento em que o setor elétrico não estava dando a devida importância a esses empreendimentos, classificados pela ANEEL como usinas de pequeno porte, por situarem-se com capacidade instalada entre 1 e 30 MW. Além do resgate histórico, e da preocupação com os impactos ambientais, não se pode deixar de mencionar o pioneirismo da repotenciação em si e na contribuição do projeto para a mitigação das emissões de gases de efeito estufa tendo o “Programa de Repotenciação de PCH’s” sido reconhecido pela Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima do Ministério de Ciência e Tecnologia como uma ação que contribuirá para o desenvolvimento sustentável do Brasil o que conseqüentemente habilitou a Empresa para obter créditos de carbono dentro do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). Essa iniciativa foi pioneira no Brasil e serviu de base para que outras empresas trilhassem o mesmo caminho. Dentre os benefícios para a sustentabilidade ambiental destaca-se a contribuição para a redução das emissões de Gases de Efeito Estufa. No DCP – Documento de Concepção do Projeto enviado a ONU, demonstrou-se a adicionalidade do projeto, ou seja, como as emissões antrópicas de gases de efeito estufa, são reduzidas para níveis inferiores aos que teriam ocorrido na ausência da atividade de projeto e a contribuição do mesmo com o desenvolvimento sustentável. O programa “Repotenciação de PCH’s” reduziu até o ano de 2008 o equivalente a 51.615,00 toneladas de CO2.
Um aprendizado fundamental: A repotenciação de PCH’s e a inserção do projeto no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, exigiu adapatações em alguns procedimentos da empresa, aprimorando-se a metodologia de armazenamento dos dados, de forma a atender as exigências do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo e as auditorias de créditos de carbono. Além disso, a implementação do projeto foi um desafio para a equipe no que se refere a manter- se atualizada quanto as novas regulamentações e normas que permeiam os projetos de MDL, para mantê-lo em conformidade com os padrões exigidos pela ONU.
Recomendações: Dentre as recomendações para facilitar a reaplicabilidade desse projeto, destaca-se a análise das ações com potencial para promover a redução de emissões de gases de efeito estufa dentro das empresas, considerando-se sempre o MDL como um mecanismo que pode viabilizar o projeto. O acompamhamento das regulamentações e normas envolvidas também é um fator importante para o sucesso do projeto. Pelo investimento envolvido nesse tipo de projeto, é interessante considerar também ações em grande escala. |
Departamento de Águas e Energia Elétrica
Case: Centro de Recuperação de Animais Silvestres
Cidade: São Paulo
Estado: SP
Responsável: Ubirajara Tannuri Felix
Cargo: Superintendente
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Principal motivação: Repovoamento a área do Parque Ecológico do Tietê com espécies animais nativas típicas da Mata Atlântica da região, promovendo assim a conservação da fauna e o equilíbrio ecológico das áreas de preservação ambiental.
Principais resultados: Recuperação de 29,8 mil animais nos últimos 5 anos. Soltura de aproximadamente 12 mil animais em programas de repovoamento e envio de 17,8 mil animais para programas de reprodução em criadouros credenciados pelo Ibama.
Um aprendizado fundamental: A gestão do conhecimento teórico e prático da recuperação da fauna silvestre para equilíbrio ambiental, permitiu ao CRAS/PET obter o reconhecimento nacional e internacional de “centro de referência” no setor, gerando subsídios para trabalhos científicos que permitem promover a multiplicação dessa experiência em outras instituições.
Recomendações: Por ser um centro de referência, seu conhecimento teórico e prático pode ser reproduzido por instituições governamentais e não governamentais para implantação de unidades semelhantes. |
Duke Energy Geração Paranapanema S.A.
Case: Corredor florestal para conectividade do Parque Estadual do Morro do Diabo a Estação Ecológica Mico Leão Preto
Cidade: São Paulo
Estado: SP
Responsável: Rogério Cânovas Camargo Ferreira
Cargo: Analista de Meio Ambiente
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Principal motivação: Na área de influência de um dos empreendimentos de nossa empresa, existe uma Unidade de Conservação (UC) de relevante importância ambiental, por se tratar de uma testemunha do rico ecossistema que existia antes da colonização e da expansão agrícola na região. Nas proximidades desta Unidade de Conservação existem dois fragmentos florestais de menores dimensões, pertencentes às propriedades rurais adjacentes, onde habitam animais silvestres representantes da fauna nativa regional. A fragmentação de ecossistemas, geralmente causada por ações antrópicas, é um dos fenômenos que mais interfere na sustentabilidade dos próprios ecossistemas, uma vez que espécies vegetais e animais desaparecem quando suas populações são drasticamente reduzidas. Sendo assim, a conservação dos ecossistemas naturais deve estar pautada em ações que visam impedir esta fragmentação ou que tentam revertê-la. No caso de florestas, um exemplo é a união de fragmentos florestais ainda presentes em uma determinada região. Os Programas Ambientais de nossa empresa visam estabelecer projetos e ações que busquem melhorar as condições ambientais das áreas de influência direta e indireta de nossos empreendimentos. O Programa de Revegetação tem como objetivo principal auxiliar na conservação ambiental dos empreendimentos propiciando o aumento da cobertura florestal na bacia hidrográfica do rio Paranapanema. Dessa forma, o projeto foi criado visando auxiliar à conservação da fauna e flora da região do Pontal do Paranapanema, a qual se localiza o Parque Estadual do Morro do Diabo.
Principais resultados: Conhecimento adquirido pela equipe quanto às oportunidades e dificuldades em negociação com proprietários rurais para conciliação de esforços com o intuito de realizar ações/projetos em um contexto mais amplo de planejamento ambiental. Adequação ambiental de propriedades rurais à Lei Federal nº 4771 de 15/09/1965 (Código Florestal), através da implantação de Reserva Legal nestas propriedades. Aumento da cobertura florestal na região com a formação duzentos e sessenta (260) hectares de reflorestamento com espécies nativas autóctones.
Um aprendizado fundamental: Como o projeto foi implantado em área de terceiros, um dos pontos de especial atenção no projeto foi a negociação junto aos proprietários das fazendas, para a concessão das áreas que fariam parte do projeto. Durante três anos, várias reuniões foram realizadas entre os participantes do projeto, para fechamento e validação do mesmo. Ressalta-se que os representantes do poder público, no caso o Ministério Público regional, também participaram das negociações buscando conciliar os interesses das partes e garantir que o meio ambiente fosse o principal beneficiado com a implantação do projeto. Como a equipe de nossa empresa possui experiência na implantação e manutenção de reflorestamentos com espécies nativas e na formação de áreas para conservação ambiental, embora quase sempre em áreas próprias; a fase de negociação foi o diferencial que o case trouxe, marcando a experiência dos profissionais que trabalharam no projeto.
Recomendações: Hoje a literatura cita como boa prática para a conservação de paisagens naturais a formação de ambientes interligados, de forma a permitir que os processos ecológicos se restabeleçam, aumentando as chances de perpetuação das espécies nativas. Falar sobre conectividade de ambientes significa planejar ações ambientais de forma a considerar não apenas as áreas próprias de uma empresa ou propriedade rural, mas sim considerá-la inserida em uma matriz. Projetos de tal natureza propostos para serem implantados em áreas de terceiros podem gerar dificuldades na conciliação dos interesses de cada participante, onde uma negociação mal realizada por inviabilizá-lo. Dessa forma, quando propor projetos dessa natureza deve-se ter cuidado com os prazos necessários para implantá-los, pois a fase de negociação poderá durar um tempo maior que esperado. |
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